sábado, 16 de março de 2013

Papa integra ordem religiosa que foi fundamental na colonização do Brasil



São os jesuítas, conhecidos como os soldados do papa.


Papa Francisco integra uma ordem religiosa com quase cinco séculos de história que foi fundamental na colonização do Brasil: os jesuítas, conhecidos como os soldados do papa.
Eles chegaram ao Brasil em 1549, em Salvador. Pouco depois, já estavam mais ao sul, em São Vicente.
E entre tantas viagens subiram a serra do mar em direção ao planalto paulista.
Em 1554, 13 jesuítas, entre eles o padre Manuel da Nóbrega e o noviço José de Anchieta montaram um colégio para catequizar os índios que viviam na região. O colégio deu início a um povoado, e hoje é a maior cidade do país: São Paulo nasceu a partir de dois ideais da Companhia de Jesus: a educação e a expansão do catolicismo.
“Onde quer que haja a necessidade, e uma necessidade da igreja é do ser humano, aí a companhia deve estar”, disse o padre jesuíta Carlos Alberto Contieri.
Um dos mais famosos deles, padre Antônio Vieira, foi expulso do Brasil por colonos que o acusavam de estimular a revolta de índios.
Foi Santo Inácio de Loyola quem fundou a Companhia de Jesus, em 1534, para combater o avanço dos protestantes.
Cultos, disciplinados, mas flexíveis. Além de vir para a América Latina, com os portugueses e espanhóis, os jesuítas foram à Ásia. Na China, se vestiram como discípulos do filósofo Confúcio.
Poderosa, a Companhia de Jesus despertou a ira de outras companhias e de reis, no século XVIII. Por pressão deles, foi dissolvida.
Quase desapareceu de novo sob João Paulo II, preocupado com o envolvimento da ordem com a teologia da libertação.

Mas em 2008, outro Papa, Bento XVI, reconheceu que não poderia abrir mão do exército de quase 20 mil jesuítas. Dois dias antes de deixar o cargo, nomeou o jesuíta e então cardeal Jorge Bergoglio para a cúpula da Conferência Episcopal Latino Americana.
Desde quarta-feira, são os soldados do Papa que estão no comando da Igreja.
Jornal Nacional
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/03/papa-integra-ordem-religiosa-que-foi-fundamental-na-colonizacao-do-brasil.html
Edição do dia 15/03/2013 
15/03/2013 21h49 - Atualizado em 15/03/2013 21h49

Indústrias químicas investem em "novo plástico"


Embalagens inteligentes, automóveis econômicos e equipamentos eólicos mais eficientes. Tudo de plástico. A indústria química investe para desenvolver novos materiais e aumentar a presença do produto no cotidiano.
Na Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas, as invenções enfrentam fila de espera de um ano para serem testadas nas fábricas-piloto.
Há 200 projetos na carteira, desde os que os cientistas chamam de "rupturas" --produtos ou procedimentos inéditos-- até tecnologias complementares às existentes.
Como cada dia de teste custa R$ 20 mil, os produtos que entram na fila passam por uma boa triagem. Portanto, o número de candidatos a invenções é ainda maior.
"Queremos manter a média de 20 novos produtos por ano. É importante porque fideliza o cliente", afirma Patrick Teyssonneyre, diretor de inovação para as áreas de negócios da Braskem.
A chamada química verde, que usa fontes renováveis na produção, é o principal foco da companhia. Em 2010, ela inaugurou em Triunfo (RS) a primeira fábrica de polietileno verde do
mundo, substituindo o petróleo pelo etanol de cana como matéria-prima.
RENOVÁVEL
Desde então, dedicou-se ao desenvolvimento de outro tipo de plástico, o polipropileno, com fonte renovável. A primeira unidade deve ser inaugurada neste ano, com capacidade inicial para 30 mil a 50 mil toneladas/ano.
A química verde é apenas uma parte da química sustentável, que tem um conceito mais amplo. Hoje, a maioria dos plásticos é feita a partir do petróleo e não é reciclável. A indústria quer mudar isso.
A alemã Basf, por exemplo, desenvolveu um plástico biodegradável, obtido a partir de amido de milho, que se transforma em adubo orgânico após passar por uma usina de compostagem.
"A inovação vem não só da matéria-prima mas também da destinação final que se dá ao produto", diz Karina Daruich, gerente de plásticos biodegradáveis da Basf para a América do Sul.
PACOTE INTELIGENTE
Além da busca pela sustentabilidade, há uma corrida para apresentar soluções demandadas por alguns setores específicos. A indústria de alimentos é um deles.
O aumento da população mundial, que em 2050 chegará a 9 bilhões de pessoas, e a crescente necessidade de refrigeração e energia para conservar os alimentos exigirão embalagens que garantam maior vida útil aos produtos.
Além de conservar os alimentos por mais tempo, as embalagens avisarão o varejista ou o consumidor sobre o estado de conservação do produto ao mudar de cor.
Na área de energia, a indústria aposta na leveza do plástico.
Novas pás de turbinas eólicas, com até 180 metros de diâmetro, só serão viáveis se forem feitas de plástico, afirma o diretor de inovação para área corporativa da Braskem, Luis Cassinelli.
Se forem de metal, será impossível carregá-las.
Nos cabos de transmissão de energia, a tendência é que o metal, hoje utilizado para dar firmeza, seja substituído por fibras de carbono, mais leves e resistentes.

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

Editoria de Arte/Folhapress